segunda-feira, 26 de março de 2012

A vida como ela é e as lições que nos dá.

1º Momento: o susto

Amanheci na sexta com um sangramento estando na 13ª semana de gestação do meu segundo bebê. Foi aquela coisa doida de ligar para médico, deixar Alice em boas mãos e seguir para o hospital.

2º Momento: a distância mais dolorida

Pela primeira vez fui obrigada a passar o dia longe da minha flor e ainda temer pela vida do meu grão. Uma angústia incontida que me atormentava a todo momento.
Passar o dia no hospital em observação já não é agradável, mas ser avisada no final que ficaria interna sem tempo estipulado, foi uma prova de coragem, paciência e fé.
Na ultrasson, vimos que nosso grão estava bem. Mas o sangramento existente teria de ser contido e eu não poderia mesmo ser liberada.
À noite bateu o desespero. Só pensava no sorriso, abraço e olhar de Alice pra mim e nesse momento chorei o choro mais desesperado.
Aí a gente percebe que nem tudo está ao nosso alcance. Nem tudo funciona como gostaríamos.
O negócio era esperar e esperar pacientemente....


3º Momento: de volta pra casa e o reencontro

Após 3 dias no hospital, a boa notícia: alta hospitalar após escutar o coração saudável do meu grãozinho!
Vim direto pra casa da minha mãe, onde ficarei por uns dias, pois o repouso absoluto é obrigatório e aqui tenho auxílio com Alice, pois não posso pegá-la no colo por enquanto.
Estou me recuperando bem. Graças a Deus!
Sendo ainda medicada, mas só o fato de estar junto da minha flor, tudo fica mais leve.
Nosso reencontro foi diferente do que eu esperava. Acho que minha filha é mais forte que eu. Ela estava feliz com os avós e a prima e quem tava sofrendo era só eu mesma.
Ela me recebeu com um sorriso de surpresa e à noite fez questão de dormir comigo....e mesmo ela tendo acordado várias vezes, esta noite foi a melhor de todas que já tive!!!!

E assim vamos vivendo, aprendendo e seguindo....

Agradeço a Deus, ao meu obstetra cuidadoso e atencioso, aos funcionários do hospital em que estive interna e aos amigos e amigas que estiveram orando e torcendo por nós.
Tanta corrente do bem só poderia fazer com que tudo terminasse bem!

terça-feira, 6 de março de 2012

11 meses...muitas mudanças!

"Vivo tão intensamente o momento, que quase chego atrasada ao momento seguinte."
Rita Apoena

Tava revendo fotos de quando minha pequena tinha 8 meses e, em seus sorrisos, mal se via dentes.
3 meses depois e 4 dentinhos roubam a cena cada vez que ela sorri e tem mais dois aparecendo e já já aquela boquinha banguela será passado.....

Pois então.
Chegamos aos 11 meses!!
Com saúde, alegria, muiiito trabalho e muito mais amor.

Alice a todo momento nos surpreende com todos os seus aprendizados, com cada novidade que nos surpreende.
Sei que a cada dia a minha bebê se torna uma criança mais independente e esperta e curto cada momento com a intensidade do nosso mundinho de amor.

Hoje senti uma tristeza imensa de doer o coração quando o obstetra me disse que não é prudente continuar amamentando já que estou grávida.
Chorei muito...muiiiito.
A explicação foi simples e clara: amamentar libera ocitocina.
Explicando pra quem não sabe do que se trata: a ocitocina é um hormônio que tem a função de promover as contrações uterinas e a ejeção do leite durante a amamentação.
E nós não queremos que eu tenha contrações antes do tempo, né?

Mas eu também não queria que o processo de desmame fosse assim...sem aviso prévio!
Já tenho que fazer isso? Queria não precisar!
Meu coração ta miúdo, tá chorando, tá moído.....

Muitas vezes é difícil aceitar as coisas como são... e a vida nos prega tantas peças!
O inesperado é o que nos abate com força...mas serei forte. Deus há de me ajudar!

E é isso...não só as crianças aprendem a crescer, mas nós também. Seja qual for o tempo de nossas vidas, aprendemos a não desviar do caminho....a seguir a prudência da vida...porque mesmo quando estejamos velhinhos, haverá sempre uma criança lá no nosso íntimo sonhando, criando e acreditando nas coisas mais lindas e puras....até que alguém chegue e faça o "favor" de dizer que nada é da forma que acreditamos...tô crescendo junto da minha filha...só que no meu caso, tá doendo não poder mais dar o peitinho pra ela...e que aprendizado mais triste!