domingo, 31 de julho de 2011

Sobre o amor...

(tirinha do site Bichinhos de Jardim)

Os dias com Alice - 3º mês

Minha bebê cresceu!!!!!

Aprendeu que chorando se consegue o que quer.
Aprendeu que acordar e sorrir faz os pais babarem com ela.
Tá com a coluninha durinha, e seu olhar curioso faz a cabecinha girar de um lado pro outro em busca das coisas interessantes.

É lindo ver suas gargalhadas gostosas. Meu coração sorri junto com ela....

Hoje, com 3 meses e 26 dias, Alice é mais que uma filha: é a minha parceirinha!
Sua cabeleira caindo, cheia de falhas, mas ainda encontro uma penugem que faço franja e prendo as pequenas presilhinhas....é um fofura!

 A correria diária continua...mas com uma pessoa que vem me ajudar 2x por semana fica tudo mais ligth.

Continuo buchuda. Dos 11kg adquiridos na gestação, perdi 10kg. Porém tô com um bucho que, tenho certeza, pesa mais de 1kg. Eita que quando se trata de gordura extra, a matemática fica torta, né?
Bom, uma hora essa panceta sai...ahhh se sai!!!

Enquanto isso...Alice dorme escoradinha nela...hihihi....

Té mais!!!

(tirinha do site bichos de jardim)
   

Sujeito: Amor.

O amor é um Sujeito que precisa dos amigos Predicados para poder seguir seu caminho.
Sem esses amigos: paciêcia, respeito, companheirismo, lealdade, verdade e compreensão,
o amor se perde no infinito.

Tatiana Alcântara







OBS: os gifs que coloco aqui, não ponho autoria
porque pego de amigos e não sei onde arrumaram.
Se alguém souber, é só avisar que posto autoria. Ok?

Os dias com Alice - 2º mês

Genteinnnn!
Encontrei esse gifs em algum dos sites que já espiei por aí e me vi nele...kkkk...tinha que colar aqui!

Minha bonequinha fez 2 meses e ao mesmo tempo minha secretária pediu dispensa porque o bebê dela ficou sem alguém pra cuidá-lo.

A correria, enfim, começou aqui em casa... "lerê-lerê"...

Engraçado que ela começou a dormir menos pelo dia....e eu que aproveitasse as "brechas" pra limpar, lavar, arrumar, passar...e quando chegava na minha hora de comer e tomar banho ela acordava....
"Deixa pra depois"
E fui levando assim, aos trancos e barrancos, os meus dias laborosos e felizes.
Tirando foto de cada carinha diferente, filmando tudo....e ela até gostava!
Comia quando dava...tomava banho quando dava....dormia quando dava também!

No primeiro mês, Alice não fazia tanto cocô. Marido um dia até comentou "todo mundo diz que criança gasta muita fralda, mas nem é assim."
Ow meu Deusinho...ele falou cedo demais!!!
Chegou o segundo mês com cocôs e cocôs.....muitossss por dia.
Um dia, liguei pro pediatra perguntando se era normal.
- Ela só mama? - ele perguntou.
- Só, doutor.
- Mas ela Só mama mesmo? Você não dá mais nada?
- Só mama, doutor e mais nada.
- Então fique tranquila. Criança que SÓ mama pode fazer 300 cocôs num dia ou passar 1 mês sem fazer cocô que é normal.
- Ah é??? Então tá.

Relaxei...deixa a bichinha cagar em paz, né?

E, claro, compramos muiiiito mais fraldas!

Certo dia, estava Alice no meu peito e, enquanto mamava, concomitantemente (palavra bonita essa né?) soltou um peidão, um cagão e um arrotão. E tudo muiito barulhento. Aí olhei pra ela espantada (como alguém tão miúda tem essa capacidade, Jesus?).
Ela me olhou também com os olhinhos arregalados e soltou o riso mais sem-vergonha da face da terra.
Caí na gargalhada......Essa Alice é uma maravilha!!!!!

Ah! Levamos para o meu obstetra querido as fotos que tiramos com ele no hospital...ele amou!! Disse que se considera o terceiro avô dela, pois esteve comigo durante todos os anos em que eu quis ser mãe...viu minhas batalhas, minhas derrotas...e participou - com honra - da minha maior vitória: Alice!
Ao Dr. Alexandre Nobre Neto, nossa homenagem e agradecimento.
Médico competente, dedicado e um verdadeiro "pai" e amigo!!! O Brasil bem que precisa de mais médicos assim!!!!!


sábado, 30 de julho de 2011

Os dias com Alice - 1º mês

"Por ser exato, o amor não cabe em si;
 Por ser encantado, o amor revela-se;
 Por ser amor, invade e fim..." (Djavan)
                ***

E nada é igual...e nem parecido...

Após a alta hospitalar fomos passar uns dias na casa da minha mãe.

Alice só dormia e mamava.
Eu não dormia. Ficava olhando ela...guardando seu soninho.
Tão linda dormindo fazendo pose.
Aquela coisa miúda que invadiu minha alma como um Tsunami.
Aquela coisa miúda que ocupava todos os espaços físicos e espirituais que a rodeavam.
Aquela coisa miúda era a minha filha. Meu sonho. Minha realização.
Ela era O AMOR que eu sempre quis ter e conhecer.
Eu não dormia.
Queria decifrar cada pedacinho dela....daquela coisa miúda...

Com 4 dias de nascida, teve a primeira vacina.
Marido segurou ela. Eu sentei numa cadeira com as pernas tremendo...
Ela chorou com a furada da agulha....meu coração ficou em pedaços e eu soluçava de tanto chorar por ela.
Ela se acalmou no peitinho...e eu ainda chorava....
Ainda bem que marido tinha mais auto-controle que eu....

Minha recuperação foi dolorida, pior ainda porque tive crises de gases.
Com 15 dias pós parto, já me sentia bem pra cuidar bem da minha tudo.

Fomos pra nossa casa.

Primeira noite ela estranhou o ambiente calmo demais. Chorava sem consolo.
Liga pra minha mãe....
- Mainha vem aqui que Alice não pára de chorar.
Vozinha chegou, bebê dormiu....

E assim passamos o primeiro mês com nossa pequena: aprendendo a decifrar seus sinais e pedindo HELP pra minha mãe, que chegava aqui em casa com um sorriso de canto a canto de tanto prazer em cuidar da sua netinha amada como uma filha...


Amamentação

Passei a gestação me preparando pra amamentar. Busquei todas as informações possíveis.
Essa atitude me ajudou na prática. Desde o início, amamentar foi prazer. Sem dores e sem problema algum.

Alice começou sugar quando chegamos no quarto do hospital...sugava o tempo todo. Quase nada saía, mas ela se satisfazia e dormia. E eu, tranquila, sabia que o leite chegaria a qualquer momento. Bastava ter paciência, calma e colocar minha bebê no peito.

Meu leite começou chegar - com força - 3 dias após o parto.
Ela não dava conta e, pra não disperdiçá-lo, comecei a doá-lo também.
No momento em que me comprometi com a doação, me dei conta que além de Alice, eu tinha vários filhos de leite....

Durante a gravidez, cuidei da alimentação evitando, principalmente, café e chocolate. A idéia era que eu poderia evitar que minha filha fosse propensa a cólicas. Não sei se isso é fato evidenciado pela ciência, mas foi o que fiz: cuidei de mim pensando nela. Pós parto a nutricionista passou dieta e segui perfeitamente. Resultado? Uma filha que nunca teve as famigeradas cólicas.

E este é meu conselho para as mamães: AMAMENTEM!
Nada no mundo substitui essa troca de amor entre mãe e filho.
Não existe "leite fraco". O seu leite é e tem o que seu filho precisa.

Minha filha  mama exclusivamente e em livre demanda.
Pediu, tem peitinho. Sempre.
É uma bebê feliz e saudável.


E a felicidade vem assim: pacote completo.

Aprendendo a ser mãe

Certa vez li um texto que falava sobre maternidade. Dizia que nenhuma mulher nasce mãe. Que ser mãe é um aprendizado diário.
Verdade.
Até ter nossa cria nos braços, somos nada. Somos ninguém. Pobres ignorantes em busca de fórmulas e conselhos para ser a melhor mãe do mundo.
Claro, que antes de sermos mãe, a nossa "madrecita" é sempre a melhor do mundo.
Não tem mãe igual. Assim como não existem filhos iguais.
Isto é fato!

A chegada ao quarto do hospital junto com Alice foi um momento emocionalmente confuso.
Sim...confuso.
Primeiro eu estava exausta. Depois de tamanho "banho" de adrenalina e a anestesia não me deixaram ficar lúcida nas primeiras horas pós parto.
Lembro que tinha minha família, meu marido, a família do marido....mas não vi todo mundo.Tava lesa.
Lembro que escutava Alice chorar sem parar e todo mundo achando aquele berreiro lindo....e eu agoniada sem poder me levantar pra nada.
Lembro que estava exausta...mas não queria dormir. Queria ficar lambendo minha menininha assustada.

Minha mãe trouxe Alice pro meu peito.
Momento desengonçado esse.
Eu deitada de barriga pra cima, soro no braço, sem sentir nada da cintura pra baixo e a gente arrumando um jeitinho de dar peitinho pra minha cria amada.
Ela faminta. E mesmo só com aquele pouco leitinho, ela se contentava.
Aos poucos, e ela sugando sempre, o leite chegaria com fartura....
Eu olhava todos os seus detalhes. Roçava meu rosto naquela cabeleira pretinha e macia. Cheirava aquela pele tão perfumada....meu Deus, que milagre da vida!

Nossa primeira noite foi ela dormindo em cima de mim.
Meu pai e marido estavam cuidando da gente.
Marido ainda caindo a ficha de que era pai. Tão feliz, ainda tinha receio de pegá-la no colo.
Meu pai amado, mais pai do que nunca, era um avô muito cuidadoso e experiente. Era o faz-tudo naquela noite..que noite...

Confesso que foi engraçado vê-los trocando a primeira fralda dela....Marido tentando entender o "desing" da fralda e meu pai limpando o bumbunzinho da neném que chorava loucamente. Ficaram tentando entender "como isso se prende"... marido, que adora ler "manuais", correu pra ler as "instruções de uso", no pacote de fraldas.

Dia seguinte, cheia de dores, chegou a hora de "levantar pra banho".
Tava louuuuca por um banho!!!!
Sem soro, sem sonda, já sentindo as pernocas...era só ir pro banheiro!
Né?

Olha, tem gente que levanta numa boa um dia após ter a barriga cortada, mas não foi meu caso... a dor era de morte! Ave Maria!!!!
Enfermeira atenciosa, respeitou meu limite (que era bemmm limitado - confesso) e aos poucos, ela e marido me levaram ao banheiro onde desmaiei umas duas vezes.
Era dor. Era medo da cirurgia abrir ali. E parecia que meus órgãos estavam todos soltos na barriga!
Homi,pulamordedeus!!!!!!! Ahhhh como eu queria ter tido parto normal!

E assim é a vida....nunca imaginamos o que há por vir no momento seguinte...
Lá estava eu, aprendendo a ser mãe e pra isso precisaria também aprender a cuidar bem de mim....

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O meu dia mais feliz!

ok...ok...continuando.....

****

- É hoje, doutor? (eu já tava com um sorrisão na cara)
- É Tatiana. Você simplesmente não tem mais líquido amniótico. O parto será hoje.Mas será cesariana, pois você não tem nada de dilatação e com seu histórico de infecção urinária blá...blá...blá...

Meu mundo girou.
Eu ali, deitada na caminha estreita do consultório, recebendo a notícia de que minha menininha nasceria e simplesmente não conseguia processar a informação.

- Vai nascer hoje à noite? (eram 10h da manhã e eu precisava me preparar pro parto, né? Tinha que ser à noite...)
- Tatiana, vou operar você meio-dia.

"meio dia"?!!!! Fiquei pensando como poderia ser tudo assim tão rápido!
Teria menos de 2h pra ganhar minha bebê?
Me preparei 38 semanas pra receber o "agora" assim do nada, sem aviso prévio???
Minha cabeça começou trabalhar enquanto o médico preparava a documentação e explicava os procedimentos...

Aí me dei conta que em menos de 2h, aquela vidinha dentro de mim ia ganhar a vida do mundo aqui de fora.
Me dei conta que sentiria o cheirinho dela...ouviria o som do chorinho dela...
Me dei conta que 38 semanas era muito pouco pra me preparar pra tamanha felicidade.
E no decorrer dos meses que passaram, o tempo parecia lento demais....mas ele correu e nem percebi. Como não percebi que meu líquido amniótico escapava de mim enquanto eu esperava vê-lo sair...
Me dei conta que tinha tanto por fazer ainda e menos de 2h não era suficiente.....

Fui do consultório direto pra maternidade com minha mãe.
Eu com o coração aos pulos. Ela era só sorrisos.
Liguei pra marido, que estava no trabalho. Falei sem rodeios que nossa filha nasceria em poucas horas e ele sorria nervoso e feliz.
Combinei de encontrá-lo em casa. Eu queria tomar banho, pegar as coisas da Alice....
Mas novamente, não foi como eu queria.....Lá estava eu no hospital, 11h, e não daria tempo ir pra casa.
As pernas tremiam. Liguei pra prima mais chata e amada desse mundo: Débora. Ela saiu do trabalho e foi pro hospital. A essa altura, ambas famílias estavam sendo avisadas no esquema "telefone sem fio".
Minha secretária ligou pra mim com voz chorosa dizendo que não sabia o que fazer, pois estava nervosa com a notícia.
- Mulher do céu! Tu tá nervosa aí? Homiiii....Imagina eu que vou parir! (nisso eu chorava e ria ao msmo tempo)...Tadinha da Luzia! Um amor de pessoa!

Cheguei no apartamento. Muito bem instalada e recebida na maternidade.
Eu queria tomar banho.
Só chorava.
Se já estava com cara, nariz e boca inchados pela gravidez, agora com o choro, tudo triplicou de tamanho.
Minha mãe contratou uma equipe de filmagem. Chegou no apartamento o rapazote pra filmar e fotografar antes do nascimento. Eu procurando a roupa que vestiria em Alice após o nascimento. Não achava nada! Não sabia qual pacotinho de roupa pegar. O impressionante é que alguns dias atras, eu "sabia tudo"!!!
Sabia até que teria parto normal. Sabia inclusive que gritaria, xingaria e qualquer coisa na hora de parir pelas vias naturais.....
O rapaz filmou uma buchuda chorona e um pai com cara de bobo. Ele só sorria, minha gente!
Como pode isso?
Eu apavorada pensando no medo da cirurgia e marido com semblante calmo e sorriso de canto a canto na cara....ai meu deus!!!

Chegou a maca. Abri mais ainda o berreiro. Parecia criança!
Débora foi pra sala de parto comigo. Queria alguém comigo....
Bom, na verdade, queria mesmo que alguém sofresse a cirurgia por mim! Desespero quando você percebe que não tem outra saída senão encarar o "bicho-papão".
Ainda bem que era ela. Pedi pra seguir onde levassem minha bebê. Sabe-se lá essas histórias aterradoras de roubo de bebês? Ahhh minha gente, surtei legal mesmo. E ainda nem tava "doidona" de anestesia...

Sala de cirurgia. Frioooo danado.
Uma cama sem-vergonha de pequena, pra abrigar uma prenha enooorme.
O nariz entupido de tanto chorar e o médico que auxiliaria na cirurgia disse:
- Mulher, tá chorando tanto porque? Pense que daqui uns minutos você verá sua filha. Você não está feliz?
Eu respondo com voz trêmula do choro:
- Tô feliz, mas tô com medo!! (buáaaaaaaaaaaa)

E foi assim o meu parto.
Cesariana. Eu com medo de nem sei o quê e mais alguma coisa.
Tinha medo até de sentir o corte e tudo mais....afe maria!
Mas não senti nada. Nem doeu a anestesia nas costas....só nariz entupido mesmo.
O anestesista foi maravilhoso. Aturou  meu blá-blá-blá o tempo todo.
Pedi:
- Doutor, pelo amor de deus, quando minha filha nascer me dope que só quero acordar no quarto.
Ele:
- Vamos fazer o seguinte, quando ela nascer e você olhar pra ela, eu te perguntarei se é isso mesmo que você quer, combinado?
E tinha jeito de dizer que não?

Nisso, do nada (de novo) escutei um berro.
"É ela!!!! É ela!"
Como assim? Já fez 1 minuto que me deitaram aqui?

Alice nasceu abrindo um berreiro de dar gosto. Era só goela. E que goela!!!!
Trouxeram pra eu ver. Ela reclamando.
Acho que ela pensava: "Quem são essas pessoas de touca? Cadê minha mamãe? Eu quero minha mamãeeee!!"
Levaram ela pra eu ver. Eu com os dois braços presos, que nem Jesus Cristo, nem podia segurá-la.
Esfregaram o rostinho dela no meu.
Ali eu já nem queria mais chorar. Muito menos dormir.
Era eu nascendo com ela.
A vida era mais linda.
O amor se mostrou uma bomba explodindo dentro de mim. Não cabia lá dentro tanto amor só pra mim. Aquele amor imenso era dela....e só dela.
E eu acho que ela pensou: "ela está aqui comigo!" porque ela me olhou, me ouviu dar as boas vindas a ela e calou-se por um momento atenta a mim....estávamos finalmente começando uma nova caminhada de mãos dadas.
E eu sempre estarei com ela.....


Todos temos dias felizes....
Mas o nascer de um filho torna TODOS os nossos dias mais felizes.
Nasceu com Alice a minha família....que agora está completa!


Mas ninguém me avisou que era assim!!!

A partir da 24ª semana de gestação, haja eu sentir dores.
Mas como assim? Não é pra doer só no final?
Sonha, baby.... gravidez tem umas coisas "sinistras" também.

Comecei a "crescer pros lados" e pra frente também.
Minha Alice pipoquinha não parava quieta.
À noite, antes de dormir, comecei ler pra ela e percebi que ela se acalmava. Consequentemente eu também tinha um sono melhor.
Tinha?
Tinha nadaaaaaa!!!!
Tinha era falta de ar, um calor arretado mesmo no ar condicionado (ahhh coitado do meu marido que tremia de frio porque eu colocava no máximo pra gelar) e a mijadeira noturna.

Era assim: pra dormir um arsenal de travesseiros...se ajeita daqui e acolá...meia hora pra conseguir "a posição confortável"....e quando enfim conseguia, tava me urinando. Corre pro banheiro!!! Volta pra cama e começa tuuudo de novo. Ahhh que sono!

Fevereiro, quase 30 semanas. Muitas dores. Outra infecção urinária e o risco de ter parto prematuro.
Cama. Repouso. Angústia.
Injeção de corticóide pra amadurecer o pulmãozinho. Remédio pra infecção.
Era dor! Era medo!
E aperriava meu médico como nunca!!! E ele lá. Querido e competente Dr. Alexandre Nobre Neto. O melhor gineco-obstetra do mundo!
Com a calma que Deus deu sempre me cuidando e tranquilizando.

Dos amigos o apoio. O amor. O carinho. As orações.
Nossa, como é bom ter amigos assim!
Deus cuida sempre deles! E também cuida de mim.

E assim seguimos....
Com 36 semanas, fui liberada do repouso e  fui cuidar dos arranjos finais para a chegada de Alice.
Andava que nem uma pata choca! Cara inchada, com os beiços arreganhados, nariz de porrônca...e me sentia a grávida mais linda do mundo! ha ha ha...

Assim, como um grande presente de Deus, Alice estava prevista para nascer no dia do meu aniversário (19/04).
Estava....
Mas quem disse que a vida segue nossas expectativa s?
E comigo então que nem se cogitava ter gravidez?

Eu estava alerta aos "sinais".
Saberia quando a bolsa estourasse...li que era muita água, que descia de vez, tinha cheiro de água sanitária e que poderia ter sangue.
ok. Fácil!
Aguardei o dia em que começaria o TP pra ter um PN. (se ligue nas siglas, meu bem!rs)

No dia anterior em que faria 38 semanas acordei elétrica: fazer depilação, unhas, cabelo e, à noite, me arrumei pra fazer a foto do bucho de 9 meses....
Marido disse:
- Amor, fazer foto essa hora da noite? Deixa pra outro dia...
- Ah não! Quero hoje! Afinal, não sei até quando vou estar buchuda.
E assim, fizemos minhas belas últimas fotos.....ficaram lindas mesmo. No capricho!
Postei no orkut. Já era tarde da noite e lá vem aquelas dores. Mais fortes que deu até diarréia. Fui fazer o "serviço" e depois banho pra dormir....banhobão que até deu vontade de fazer xixi ali mesmo....ô vidão de xixizão!
Fui pra caminha com cólica....e dormi pra ir na consulta da manhã seguinte.

Cheguei no consultório antes das 8h. Mijava a cada 10min. Um sooono! Uma coliquinha chata....
Quase 10h fui atendida....
- Qual é  reclamação hoje?
- Nenhuma que o senhor já não saiba, doutor. As dores de sempre.
E contei o acontecido da noite anterior.
Lá vem ele com aquele "toque" (ô dor!)...doutor olha minha bermuda....olha pra mim e diz na "bucha":

- Sua neném nascerá hoje. (na mão dele a bermuda tooda ensopada e a lerda aqui nem sentiu!)

Era terça-feira, 05 de abril de 2011....

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O momento da espera...

Já era felicidade demais saber que alguém crescia dentro de mim. Descobri quando estava com 7 semanas.
Era o meu grãozinho de amor!

Tive uma gestação considerada de risco, tendo que fazer repousos...mas valeu a pena. A cada mês eu fazia fotos da barriga.
Também fiz um diário pra meu bebê.
Contava sobre minhas alegrias, dúvidas, medos, e sobre as consultas com o "tio-dr-obstetra".

Com 13 semanas pensei que saberia o sexo, mas o meu grãozinho se escondeu e mesmo assim eu tive a certeza de que seria uma menina! E todos diziam:
- Esta barriga é de meninO.
O que me importava mesmo era ouvir aquele coração. Como batia rápido! Eu chorava de emoção sempre!

Com 20 semanas eu falei para o médico da ultrassonografia que me avisasse se seria Lucas ou Alice.
Ele disse:
- É Alice!
Chorei de emoção e perguntei:
- Doutor, o senhor tem certeza ABSOLUTA que não tem nenhum cunhãozão por aí não?

Um grão semeado cresce e florece.
No meu jardim crescia uma flor que se chamaria ALICE!

A vida com Alice

Bom, este blog não teria sentido se não fosse pra falar do mundo que rodeia Alice.

Uma história que está sendo construída com muito amor fé e alegrias.

Era uma vez.....

Depois de 10 anos sonhando em ter um filho e após perder 2 gestações do primeiro casamento, lá estava eu, casada pela segunda vez e tentando o "bucho".
Nada.
Todo mês tinha um exame pra saber se era aquela vez. E quando via o "negativo" o mundo perdia a cor.
Nisso, em junho de 2010, meu ginecologista desconfiou que eu tinha sinéquia (busque no mestre google o que é) e me passou um exame esquisito, com nome esquisito: histerossalpingografia. Nada mais é que um raio x com contraste. Mas é um exame chato....nem vou dizer que dói.
Resultado positivo pra sinéquia. Aquilo foi uma facada em mim.
Como doutor?
E chorei uns 3 dias de tristeza, decepção, frustração....tudo.
Meu médico sugeriu duas opções: uma curetagem de prova ou passar 6 meses com um DIU pra ver se a sinéquia se desfazia.
Eu, cagada de medo que sou, preferi a segunda opção.
Ok. Vamos esperar a menstruação vir que a gente põe o DIU.
Passamos julho...nada. Chegou agosto...e eu esperando a "jurema". Nada.
Imaginei que aquele exame tinha desregulado tudo. Tava com cólica....então a jurema viria a qualquer momento.
Nada.
Após uma viagem de carro pro Piauí, comecei a ter nauseas, dor no estômago, azia e sono....muiiito sono. Pensei que tava anêmica, ou com algum tipo de verme (verminose dá tanta zinga!).
Mas aí veio as dores nos seios. Parecia que tinha pedacinhos de vidro rasgando tudo por dentro. Doíaaaa!! Vixe Maria!!! Dormir era pra chorar. Sem exageros.

Daí, um dia, fui numa médica perto de casa ver se tava com verme ou com uma coisa ruim nos seios. (cruz credo!)
A doutora olhou meus seios e disse:
- Estes peitos são de mulher buchuda.
- Ih doutora, pode ser tudo menos bucho.
- Vamos ver? Faça agora o exame de sangue que daqui pras 5h da tarde estará pronto. Ligue pra me dizer.

E lá fui eu caminhando umas 5 quadras até o laboratório, tão sonolenta que passava mal. Desanimada porque sabia que seria um exame com mais um NEGATIVO.

Ok....vamos esperar.Detalhe: ninguém, nem marido sabia do exame, da suspeita médica..nada. Eu tava era só nessa "empreitada".
17h. Entrei no site do laboratório e la estava um tal de "reagente". Fiquei confusa. "cadê o negativo?" - pensei.
Liguei pra doutora e perguntei: "doutora, reagente é positivo ou negativo?"

Às vezes a gente espera tanto pela felicidade que quando ela chega, a gente não entende o que está acontecendo.....

E foi assim que começou minha espera por Alice.....

(continuarei contando esta história....aguardem)

Devagar e sempre...

Eu fui uma adolescente que adorava ler.
Lembro que tinha o cartão da biblioteca do Sesc e sempre pegava livros...devorava-os!
E assim começou também meu prazer pela escrita, pelos poemas e letras de músicas.

Talvez esse prazer por livros acabou me guiando pra minha formação acadêmica: Bibliotecária!!
Com muito orgulho, sim senhor!

Hoje, mãe da pequena Alice, quero que minha filha também goste da leitura e, com ela, descubra o mundo!

Não fiz "chá de bebê", fiz chá de leitura, onde nossos amigos nos presentearam com livros infantis (novos e usados) para nossa pequena conhecer várias histórias!!!! E também valorizar o livro.

A internet liga as pessoas no mundo. O livro faz um mundo.

Informação é tudo.

Tati